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spacer This Blog is about technology, programming, entrepreneurship, innovation, and the Internet. I write for myself, my friends and people with these common interests. Posts are in Portuguese and English, according to the subject or my mood.

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16 June 2012 ~ 0 Comments

Dar

Personal

Um post da Jonas que não podia deixar de divulgar.

“Assim, no próximo dia 19 de Junho (terça-feira), quem quiser inscrever-se como dador de medula, pode fazê-lo, bastando para o efeito que passe no Fórum Picoas, entre as 10h00 e as 15h00, e tem uma equipa do CEDACE à disposição. Vai haver sinalética, para indicar exactamente onde é, mas ficam já a saber que é no Salão Nobre do Fórum Picoas. Estão todos convidados.”

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01 May 2012 ~ 16 Comments

Ultimaker 3D printer timelapse

Personal

So, recently I became a member of the home 3D printers early starters community and got myself an Ultimaker.

I thought I’d do a time-lapse video of the whole assembly process, including the first 3D print.

It took me 3 days to complete the building instructions but the result is pretty awesome.

Congratulations to the Ultimaker team for making such a wonderful machine and putting together such great documentation, I still think it’s a miracle this thing actually printed an almost perfect black cube at the first attempt.

The time-lapse was made using a Canon 5DM2 camera and software, Time Lapse Assembler, Final Cut Pro X and Garage Band for composing the music. Enjoy.

Here’s the H.264 file for the flash unfriendly user. And if everything else fails, here’s a copy of the video at Vimeo.

09 February 2012 ~ 20 Comments

Meo Kanal

Portuguese SAPO

Há projectos que são invulgares pela motivação que geram nas equipas e nas organizações. São raros e curiosamente surgem fora dos nossos planos tradicionais e lineares, fora das visões condicionadas, dos retiros e dos brainstorms.

Há um ano atrás uma pequena equipa tentou vender-me um conceito de um projecto que lhes surgiu espontaneamente. Agarram-me em 10 minutos. Em poucos dias tiveram a energia suficiente para estruturar essa ideia para que juntos conseguíssemos mobilizar todas as áreas da organização necessárias para concretizar essa visão, e semanas depois o projecto era aprovado e apoiado ao mais alto nível pelo grupo aonde trabalhamos.

Durante este tempo todo e até hoje tive o privilégio de trabalhar com esta equipa de elite, cheia de talento e irreverência, que pegou no projecto com unhas e dentes e o levou a cabo com uma determinação que merece ser referida. Obrigado a todos por isso.

Durante este ano que passou construímos no SAPO e na PT o Meo Kanal, um conceito único e na minha opinião brilhante e bem executado, que tem o potencial para democratizar a criação de uma experiência de televisão em Portugal e cujas possibilidades que abre para o futuro são infinitas . Aqui está ele.

E é assim que se trabalha por cá.

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Apresentação interna do projecto, na semana passada. A equipa soube guardar o segredo.

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Apresentação pública, hoje.

Tags: kanal, meo

27 January 2012 ~ 4 Comments

Proposta de Lei 118. Notas avulsas #6

Tech stuff

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É só.

Tags: pl118, tecnicas

24 January 2012 ~ 8 Comments

Proposta de Lei 118. Notas avulsas #5

Personal Portuguese

A SPA, claramente pressionada pela péssima opinião pública que esta proposta de lei está a gerar, publicou um documento intitulado “10 coisas que deveria saber sobre a Lei da Cópia Privada“.

Apetece-me desmanchar ponto por ponto deste argumentário barato e manipulativo, mas seria um desperdício do meu tempo, da minha inteligência e da minha energia se o fizesse já.

Mas há aqui uma grande conclusão que é preciso mencionar imediatamente.

A SPA está neste momento e de forma deliberada a utilizar um discurso que visa provocar na opinião pública uma enorme confusão entre o direito à cópia privada e a pirataria. A confusão está instalada desde o início, já todos percebemos. Ainda ontem na RTP Informação, numa entrevista conduzida pela Alberta Marques Fernandes, isso ficou bem patente.

A SPA diz, baseada num estudo da Intercampus (que não divulga, que não se encontra disponível, que não vi, e gostava), que:

“A Média de Gravação de Músicas por mês, por indivíduo, é de cerca de 64 músicas. Equivalentes a pouco mais de cinco álbuns completos que têm umpreço de mercado aproximado de venda ao público de75,00 Euros.”

Primeiro eu não não acredito nesta estatística, quero-a ver. É possível?

Segundo, não tem absolutamente nada que ver com a cópia privada e a SPA sabe disso. Teria no máximo que ver com a pirataria de músicas. Eu quero saber, isso sim seria relevante, e seria honesto pela parte da SPA apresentar estes números, quantas cópias privadas é que um indivíduo faz em média das obras que compra.

Terceiro, desenganem-se os que pensam que a lei cópia privada, ou a proposta de lei 118, legitima a pirataria. São coisas muito diferentes, metam isto na cabeça. No limite podemos vir a ser taxados de forma absurda pelo direito da cópia privada e ao mesmo tempo criminalizados ou taxados, ninguém sabe ao certo qual é o rumo que esta discussão terá quando chegar a sua altura, e chegará, não tenham dúvidas. A PL118 não é o SOPA dos EUA, não façam essa confusão, são duas ameaças diferentes.

Em suma, a SPA enveredou pela conveniencia do discurso demagogico e escreveu um argumento de quatro páginas que termina essencialmente com uma estatística irrelevante e desonesta que visa criar empatia, baralhar a opinião pública e a misturar a lei da cópia privada, que está na base desta proposta de actualização, com a pirataria, que não é para aqui chamada.

Tags: spa

20 January 2012 ~ 13 Comments

Proposta de Lei 118. Notas avulsas #4

Personal Portuguese

Andei a matutar nas receitas que a PL118 conseguiria gerar nos moldes em que está a ser proposta.

Decidi arregaçar as mangas e fazer umas contas de merceeiro com os dados que consegui arranjar.

Para não correr muitos riscos decidi ser extremamente conservador. Estas são as premissas que usei:

  1. Fiz duas análises, uma para 2012 e outra para 2014. O objetivo era provar que os cálculos propostos são absurdos e desproporcionais em relação à evolução da realidade.
  2. Estou a assumir que o mercado vai estar estagnado até 2014 e a venda de PCs, discos rígidos e telemóveis não vai aumentar.
  3. Não encontrei forecasts fiáveis sobre a venda de consolas de jogos, MP3 players (ie: iPods) e outros aparelhos que incluem memórias (ie: iPads), e portanto ignorei por completo estas receitas, devem ser uma fatia grande.
  4. Não inclui todos os dispositivos e suportes, nomeadamente as impressoras, os CDs e os DVDs. os analógicos.
  5. Assumo que a penetração de telemóveis com uma memória de armazenamento vai passar de 50% para 80%.
  6. Assumo, conservadoramente, que o tamanho médio de um disco rígido externo, interno ou incluído num computador novo é de 600GB este ano (dados fiáveis) e que será de 2T em 2014 (A lei de moore adaptada aos HDDs diz que será mais).

A folha de cálculo pode ser vista aqui, para que não sobrem dúvidas.

Os primeiros resultados são esclarecedores, esta lei gera receitas imediatas da ordem dos 105 54 milhões de Euros no primeiro ano e, sem crescimento do mercado, quase 400 200 milhões de Euros dois anos depois.

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Nada mau. O relatório e contas da SPA de 2010 mostra que nesse ano a SPA angariou receitas de 1.1 (um ponto um) milhões de Euros com a cópia privada.

Deixo as interpretações para a audiência.

PS: Este post pode sofrer actualizações à medida que eu arranjar mais dados, mas terei o cuidado de as documentar, se acontecerem.

UPDATE1: Já encontrei um erro de interpretação meu no número de PCs vendidos em Portugal (obrigado Pedro Alves) que muda substancialmente estas contas. Encontrei também informação sobre muitos outros aparelhos que faltavam acrescentar. Amanhã melhoro a folha de cálculo. Se tiverem mais fontes (fiáveis, por favor) coloquem-nas nos comentários.

UPDATE2: Já corrigi os números. As receitas desceram para metade devido ao erro de interpretação que fiz na venda dos PCs. Ainda assim faltam-me alguns dados, nomeadamente os do mercado empresarial que não está isento e reitero que os índices que uso me parecem conservadores. No entanto em termos de conclusões finais, mantêm-se as principais mensagens: 1. As receitas provenientes da cópia privada aumentam desmesuradamente e têm um forte impacto na economia e nos custos finais para o consumidor 2. O crescimento das receitas ao longo dos anos por causa do aumento da capacidade dos discos rígidos é totalmente absurdo e o critério proposto é um gigantesco erro técnico.

Tags: contas, pl118

10 January 2012 ~ 15 Comments

Proposta de Lei 118. Notas avulsas #3

Personal Portuguese

Como já foi amplamente exposto esta lei peca também por ter inúmeras incorrecções técnicas e por estar desligada da realidade industrial. Uma das premissas em que esta lei é baseada é falsa e ofensiva e mostra que quem redigiu esta proposta foram, das duas uma, pessoas de boa fé com um desconhecimento total do que estão a falar ou então pessoas que percebem muito bem o que estão a fazer. Eu acredito na primeira, mas nos dois casos é muito grave.

Quero falar do tema dos discos rígidos, uma das grandes actualizações da proposta de lei 118.

Esta proposta de actualização da lei parte do princípio que um disco rígido (ou outro tipo de memórias não voláteis, esclarece o documento) se equipara, no seu principio de utilização mundana, a uma cassete de áudio ou a um disco compacto. Ou seja, que os consumidores vão utilizar estes dispositivos, na sua proporção devida, para guardar as suas cópias privadas de obras protegidas por direitos de autor.

Ora, eu consigo perceber que exista um determinado segmento de utilizadores que tenha este padrão. Consigo conceber que haja um conjunto de pessoas que tenha o padrão de comprar discos rígidos ou pens USB para guardar cópias privadas de músicas ou vídeos. Mas uma lei não se pode propor com base num padrão não representativo da realidade e acima de tudo, e isto é que é mau, não pode ser cega em relação ao espectro do uso da tecnologia, nem à evolução e ao futuro da mesma. As leis não se mudam todos os dias, e quando se mudam é preciso ter cautela, é preciso garantir que as mesmas nascem bem e que são resistentes ao tempo.

As memórias não voláteis estão na base da evolução tecnológica exponencial das últimas décadas e são uma parte importantíssima do estado em que estamos hoje. Não seria possível termos a Internet, os telemóveis, os GPS, a televisão, o E-mail, os computadores pessoais, os carros, e a sociedade de informação que existem hoje sem esta peça de tecnologia, tal como tudo isto também não seria possível se não tivesse também ocorrido uma (re)evolução computacional na mesma proporção. Uma memória não volátil, disco rígido para simplificarmos a mensagem, é muito mais do que um consumível que o utilizador usa para guardar cópias de músicas.

E se olharmos para o presente e para o futuro a realidade deste equívoco só tende a agravar-se. Os disco rígidos evoluem na mesma proporção do poder computacional, seguem uma adaptação da Lei de Moore, mais precisamente a Kryder’s Law, que determina que a capacidade de um dísco rígido duplica de 2 em 2 anos. Ou seja não há uma relação linear entre o preço do equipamento e a capacidade do mesmo ao longo do tempo. Na realidade, um disco rígido de 500GB podia custar uns 150€ há uns 2 anos atrás, hoje 1TB custa 90€ e estima-se que em 2020, 14TB possam custar cerca de 30€ no mercado.

Em 2020 um disco de 14TB que custe 30€, à luz desta proposta, terá uma taxa de 280€ + 65€ = 345€, mais IVA (após taxa). Em 2020, um vulgar disco rígido, terá um imposto associado da ordem dos 1500%. O tabaco tem actualmente um imposto de 50%.

E agora alguns poderão contestar que 14TB dão para gravar muitas cópias privadas de música com direitos e tal. É verdade sim senhor. Aliás, com uns 100TB, ou seja, 7 discos de 30€ será possível guardar toda a música de todas as principais editoras do mercado em alta qualidade.  Por ~210€ será possível comprar capacidade de armazenamento suficiente para guardar uma cópia de todas as músicas que existem, uns largos milhões de faixas. E esta?

Há também muitos outros conteúdos digitais que se podem guardar num disco rígido, nomeadamente os pessoais cujos formatos digitais tendem a aumentar drasticamente em capacidade. Por exemplo, hoje, uma hora de vídeo filmada numa câmara pessoal em 1080p pode facilmente atingir uns 20GB. E depois de passarmos o material para o computador para o editar o espaço pode facilmente duplicar, ou triplicar dependendo de muitos factores. A minha colecção pessoal de videos e fotografias, e não sou nenhum profissional, ascende aos ~3TB. Mas como eu gosto de segurança, não quero perder as minhas fotografias, tenho RAID (uma tecnologia vulgar que os computadores pessoais começam a trazer de base) e ainda tenho um backup externo. Eu gasto hoje, entre RAID e backup, ~9TB de storage para guardar os meus videos e as minhas fotos. Em 2020 eu vou gastar facilmente 20 ou 30, ou 40TB para guardar a mesma quantidade de material pessoal semelhante, não tenho dúvidas.

Mas em 2020 toda a música do mundo das principais editoras continuará a caber em ~100TB.

Estão a perceber?

Os formatos digitais que suportam as obras com direitos de autor e as ofertas comerciais não evoluem em qualidade e em tamanho na mesma proporção das tecnologias que são usadas no mercado de consumo que são usadas pelas pessoas normais, amadores ou pelos profissionais.

E acima de tudo, não há uma relação directa entre o crescimento da utilização da cópia privada nestes suportes e o aparecimento de novas realidades, novos casos de utilização, que tenham necessidades de quantidades maciças de espaço de armazenamento. E essas realidades vão surgir porque o mundo vai por aí, há cada vez mais largura de banda com a fibra e o LTE na calha, há cada vez mais poder computacional, há cada vez mais criatividade e inovação, o paradigma muda com muito mais frequência.

As novas killer applications vão surgir, e vão necessitar de storage, e os fabricantes vão estar prontos para responder, mas nós em Portugal estamos-nos a propor actualizar um modelo de taxação que nos vai prejudicar a todos e que foi desenhado com base em suportes e premissas que já não existem, um modelo que não vai resistir ao futuro, que está a causar uma enorme revolta nos consumidores, e não temos a preocupação última de perceber as realidades e as variáveis todas e resolver isto como deve de ser.

Entristece.

Tags: discos, pl118, storage

09 January 2012 ~ 18 Comments

Proposta de Lei 118. Notas avulsas #2

Personal Portuguese

A propósito das alternativas para o consumidor caso esta lei seja aprovada.

O português não tem grande pachorra para travar lutas por questões de princípio. Dá muito trabalho. A nossa primeira reacção, não fossemos nós os mestres da escapatória, de resto até temos uma palavra para descrever esta virtude cultural, foi a de imaginar que fugiríamos a estas taxas absurdas comprando o nosso equipamento em lojas online como é o caso da Amazon UK/DE. Ainda por cima até já têm entrega gratuita para Portugal. Problema resolvido. Belo.

Raios, até eu não resisti à tentação e enveredei pelo nível DH3, o da contradição fácil ao argumento. Fraco.

Mas desenganem-se meus caros. O mais provável é que venham a fazer amor connosco também nas compras online fora de Portugal. Senão vejamos:

A Amazon Europe já cobra o IVA de acordo com o país de destino da compra, vide “VAT rates” e “VAT for EU Customers“. E aposto que vai passar a cobrar, igualmente de acordo com a lei de cada país, as chamadas “Private copy levies” é só uma questão de tempo não tenham dúvidas.

A prova disso é que a comissão europeia já anda a discutir isto há um bom tempo, e inclusive a própria Amazon Europe já se manifestou (contra, claro).

Nesta consulta feita em 2008 pela comissão, vale a pena ler a resposta da SPA para perceber em detalhe o que vai na cabeça desta gente, a mesma que ajudou a redigir a proposta que está agora em discussão no parlamento. Relativamente às vendas online fora de Portugal dizem assim:

“Regarding cross-border sales online, we consider that the levies should be applied in the country where the media or equipment is sold to the end consumer (country of reception or destination), and that they should be paid by the online retailer rather than be subject to an obligation to self-report by private end-users.”

Capiche? Não tenham dúvidas, a Amazon e outras lojas vão ser obrigadas por lei, mais tarde ou mais cedo, e é se querem operar na Europa, a taxar o consumidor.

E para os restantes, os que não estão na EU, também não há problema, existem as alfândegas que se encarregarão de fazer cobrar os impostos e as taxas devidas ao consumidor, mais os custos de processamento.

Isto não é um problema de Portugal, é um tema muito maior do que isso e muito mais transversal. E suspeito que seja só a ponta do iceberg. Lutar é agora, enquanto se pode fazer alguma coisa, e já vamos tarde, mas não é ignorar e começar já a pensar no desenrascanço.

Tags: amazon, pl118

09 January 2012 ~ 23 Comments

Proposta de Lei 118. Notas avulsas #1

Personal Portuguese

Qual é afinal a posição pública dos artistas Portugueses em relação a esta indiscritível Proposta de Lei 118 apresentada pelo PS e apoiada por todos os partidos políticos?

Já todos percebemos que o princípio do fundo de compensação artistas é discutível, mas acima de tudo que e a implementação proposta é completamente imbecil, desajustada, mal feita, retrógrada, desligada da realidade actual, redigida por um lóbi não representativo de todos os interesses nacionais, certamente não dos interesses dos consumidores, e acima de tudo imoral. Também já percebemos todos que o objectivo supremo desta alteração, chamemos-lhe assim, é criar um fundo chorudo para dar novamente vida a uma, e passo a citar, “entidade gestora das compensações mandatada e legitimada para proceder à cobrança, gestão e distribuição”, vulgo SPA, sociedade portuguesa de autores, assumo.

Eu gostava era de ouvir a opinião dos autores e dos artistas. Porque é que eles estão calados? Será que eles se sentem mesmo representados pela SPA e pelos apoiantes desta proposta de lei?

Pergunto porque tenho dificuldade em aceitar que sim. Eu percebo que os artistas se preocupem com a pirataria e que procurem apoio político para resolver este problema, e eu até consigo consigo apoiar isto até um determinado ponto, para que fique claro eu acho que qualquer pessoa, grupo ou instituição que promova em público a pirataria de qualquer obra protegida por direitos de autor está claramente fora de pé e à mercê das consequências legais dos seus actos, pior ainda se o fizer para usufruto económico próprio. Mas esta proposta não resolve a pirataria, na realidade até a pode amplificar. E também tenho sérias dúvidas que este fundo, num país como o nosso com a dimensão e mercado que tem, ainda que as taxas fossem pornográficas (e são), consiga resolver ou ajudar significativamente o problema económico dos artistas e a sustentabilidade da arte em Portugal.

Se assim for, apoiam? Sabiam sequer?

Na 6ª feira à noite, num programa do Nicolau Breyner,  apanhei na televisão o João Gil, ele que é um conhecido defensor da penalização da pirataria, a dizer que há falta de vontade política em Portugal para resolver o problema. Estaria ele a referir-se à solução que está a ser proposta neste momento? Concordará ele com ela?

Gostava mesmo de saber.

UPDATE 12/JAN

O João Gil foi informado deste texto e, para minha surpresa, durante esta semana teve a amabilidade de me contactar para esclarecer a sua posição. Tivemos uma conversa cordial e aberta, bastante agradável, sobre o que se está a passar nas redes sociais.  A sua “luta” está fundamentalmente relacionada com a questão da pirataria grave, tema que como já percebemos todos não é afinal endereçado nem está no âmbito desta proposta de alteração de lei. Na realidade confessou-me que nem conhecia em detalhe os contornos da PL118 que foi apresentada no parlamento pelo que nem foi possível discutir com ele os aspetos técnicos da mesma, proposta que prometeu ver com mais detalhe. Disponibilizou-se também para ajudar no que for preciso, nomeadamente de me por em contacto com outras pessoas se for necessário para promover a discussão.

Não vou entrar nos detalhes todos do que falámos, não seria correto, mas acho que ele não me vai levar a mal se eu mencionar que estamos em total de acordo numa coisa: os autores e artistas em geral estão de facto calados perante tudo o que está a acontecer. Deviam manifestar-se, especialmente agora, e mostrarem ao público em geral quais são os seus pontos de vista e as posições que defendem para podermos estimular o debate e ter uma discussão mais racional sobre estes problemas. Não dá para perceber este silêncio.

Ele não me pediu mas eu fiz questão de fazer esta adenda e quero agradecer-lhe por ter tido a iniciativa e a disponibilidade para falar comigo, honestamente não esperava que o fizesse.

02 January 2012 ~ 3 Comments

SapoBot

English SAPO

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Here’s a project worth mentioning, executed by our friends at Artica and IDMind.

“SapoBot is a robot that wonders through spaces avoiding obstacles detects holes on the ground, follow walls and follow lines, to change between behaviors you only need to press the shell, and when he detects a collision gives a frog sound. This project was comissioned by Sapo, means frog in portuguese.”

Read the story

 

Tags: bot, sapo
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