ic1.canalblog.com

20 février 2012

Populismo e representação política

De novo, Passos C., o 1º ministro, surpreendeu-nos pela positiva. Seguro, firme, afável, ao enfrentar uma turba de populares hostis, decerto justamente preocupados com o destino profissional ou já sufocados pelo desemprego. Porém incapazes de dominar a emoção. E assim, sem deixar de lhes ser reconhecido o direito de exporem as suas razões, como aliás lhes é constitucionalmente devido, não saberem reconhecer que o homem político que invectivavam representa uma série de milhões de portugueses. A grande maioria de eleitores que nele confiaram o voto. Espectáculo sempre deprimente e sobretudo porque as sondagens o comprovam, estes eleitores, na sua generalidade, continuam a subscrever a política do actual governo.

O populismo, na Beira Interior, na sua pior expressão, subiu pois ao palco. Passos demonstrou frieza na postura, bem resguardado pelos seguranças, mas não deixou de se revelar dialogante perante os  histéricos despropósitos e quiça ameaças que lhe eram dirigidas. Marcelo R. de S., na sua tribuna da TVI, atribuiu a boa perfomance de P. C., à preparação para o sucesso que o tempo de viagem entre Lisboa e o destino beirão lhe deu oportunidade de considerar com o seu grupo de acompanhantes. Será. Mas a maturidade que a atitude revela já foi em outras ocasiões transparente.

Bem melhor, Marcelo, a julgar o cancelamento da visita do Presidente da República a uma escola de Lisboa por suspeita ou informação de ambiente de forte hostilidade por parte de grupos de alunos. Decerto instrumentalizados politicamente. Estranha ele, MRS, mas compreendendo o tiro de barragem que, nos últimos tempos, o PCP, a CGTP e o Bloco têm vindo a disferir sobre Cavaco Silva, montaria que designa como "tiro a Cavaco". E assinala ainda, com alguma surpresa, os franco-atiradores oriundos da própria direita que se têm juntado aos partisans esquerdistas. E tem razão o famoso comentarista ao lembrar que a atitude, em período de tão  angustiante situação sócio-económica que o país atravessa, é assaz perigosa para a imagem que o Estado português precisa de exibir. No país, para o conjunto da sua população,  mas sobretudo a imagem que é projectada para o exterior. E se nós não respeitamos as instituições e entidades máximas que nos representam, como será então lá fora quando suplicamos benevolência e ajuda para debelarmos a crise?

 

Posté par maranus à 14:43 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]


14 février 2012

Ratings

A agência de notação financeira Standard and Poor's anunciou hoje, segunda 13 de Fevereiro, ter  baixado as notas de 15 bancos espanhóis. Entre estes contam-se os bancos Santander, BBVA, Bankia e CaixaBank. O que é negativo para a Espanha é igualmente para Portugal.

Posté par maranus à 12:04 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]
10 février 2012

No Palácio

No Porto, ontem, à metafórica sombra do Palácio de Cristal, mais um debate lançado por Rui Rio sobre a situaçao política portuguesa, desta vez centrado na eterna questão da urgente reforma do anquilosado sistema que garante ao partidarismo e à sua deletéria e hegemónica dominaçao sobre a ordem democratica a que os cidadãos portugueses têm  direito,finalmente, como era de esperar, nada de sólido, em conclusao, se adiantou.

Tudo se quedou pela tradicional, pastosa e sombria aceitaçao do statuo quo na base de uma hipotetica e expontanea regeneraçao do sistema. Como era alias de esperar. O diagnóstico apresentado pelos diferentes intervenientes, com maior ou menor acerto, com maior ou menor grau de sinceridade, acercou-se do núcleo sensível da ferida que gangrena a nossa vida político-social. Ou seja, a má e péssima qualidade da generalidade dos eleitos, decorrente do modo como os candidatos aos diferentes cargos da República, são escolhidos pelas cúpulas das estruturas de cada partido, a nível central, regional e local. Cada cacique, de facto, escolhe quem nao venha a fazer-lhe sombra, quem responda mecanicamente às suas ordens, quem não bula palha na posiçao, grande ou infima, de poder que lhe for conferido. E a miséria é a que conhecemos. A total dependência da vontade do chefe. A falta de independência crítica e o abismo a que nos levou o jardino-socratismo, depois de outras variantes mais amenas ou mais dissimuladas de esbanjamento e apropriaçao indevida dos recursos públicos.

A mais indecorosa intervençao partiu do representante do PS, António Vitorino. Afirmou ele uma panglóssica confiança no futuro do sistema, sempre iludindo as responsabilidades que lhe cabem na degradaçao do pais. Interpelado directamente relativamente ao socratismo que nas vesperas da estrondosa derrota eleitoral, esfusiantemente subscreveu no famigarado congresso de Matosinhos, nada disse. Habilissimo na sofistificação da análise enquanto exercício sofista e no uso da anedota e do chiste para fazer soltar uma risada geral e assim proteger o seu ego político, Vitorino aludiu às suas férias marbellianas. Hoje reconhecendo o mau gosto da escolha. É claro, no inocente e indigente deslumbramento e algo endinheirado dos seus dezoito  esperançosos anos, e isto para contrapor ao horizonte negro que hoje o sistema oferece aos jovens portugueses. Que de Marbella, diremos nós, apenas poderão agora esperar um simples emprego de servente de café, de camareira num hotel ou coisa parecida.

Aludiu ainda à profissionalizçao da classe politica recordando a memória da primeira visita de Blair a Paris, com vinte anos, era entao primeiro ministro Jacques Chirac, como sublinhou o britânico político em visita de Estado a França. País que logo se tornara a sua definitiva paixão. Lembrava isto o malabarista Blair ao mesmo Chirac, então, trinta anos depois, presidente da República Francesa e que era por conseguinte o seu anfitrião. Nao disse Vitorino se Chirac acusou o sibilino remoque. Mas a plateia do Porto sorriu. Enfim, Vitorino, nada disse sobre a corrupçao, a miserável aplicaçao da justiça, o desperdício e descarado roubo de recursos da naçao e do povo. Continuaremos a comentar a noitada ideológica do assombrado Palácio de Cristal





Posté par maranus à 23:39 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]
08 février 2012

Zulus

Mario Soares, solidario com a Grecia, lembra que a Grecia 'e o berco da nossa civilizacao.Que nao o oissa o deputado do PS frances pela Martinica, Lechtimi, que logo o acusaria de simpatias nazis. Com efeito, em certos meios,qualquer ligeira alusao a identidade da civilizacao europeia e vista como a expressao de uma atitude de menosprezo pelos grupos sociais que nao partilham os seus valores. Uma grosseira sobranceria, portanto,uma afirmassao hegemonica intololeravel para o maleavel entendimento de qualquer zulu.

 

Posté par maranus à 10:45 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]
05 février 2012

Justiceira ?

A ministra da justiça anuncia uma justiica mais forte. Mais importante contudo seria promover uma justica mais certeira.

Posté par maranus à 22:45 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]




29 janvier 2012

Vendavais

Que o vendaval especulativo ainda mal comecou a incidir sobre a fragilissima barca lusitana 'e um facto. Mas tudo indica que muito em breve as grandes rajadas devastadoras de um ciclone agigantado virao embater contra a debil estacaria em que assenta uma economia truncada, anemica e sem rumo.E perante semelhante cenario, o que encontram os mercados a quem solicitamos colaboracao financeira e uma sociedade que se deixou afundar no vortice consumista e nao vislumbra qualquer alternativa a nao ser a benevolencia caritativa dos parceiros ricos da Uniao. Triste realidade.

Que vem ai um cenario negro eis o que devemos esperar. Com a classe politica que temos ignaramente incompetente e vorazmente predadora do que resta da riqueza sobrante.

 

 

Posté par maranus à 08:51 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]
22 janvier 2012

Fundações

Notícia do Correio da Manhã de 21.01.12 :

"FUNDAÇÕES COM BENEFÍCIOS DE 166,5 MILHÕES. As 306 fundações contabilizadas pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF) receberam, de 2007 a 2008 subsídios estatais no valor de 166,5 milhõesA auditoria 008, da IGF detectou falhas na gestão financeira destas entidades. "O seu desempenho económico-financeiro tem revelado resultados globais sistematicamente negativos e acumulação de dívidas por pagar, nomeadamente empréstimos bancários", relata a IGF. Já o inventário de bens "nem sempre está actualizado".

Nota: 166, 5 milhões! É obra! Ou seja, mais de 30 milhões de contos! Digamos 15 milhões e tal de contos por ano. Uma bagatela...

Posté par maranus à 14:31 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]
21 janvier 2012

Balneários

Lê-se hoje em título do semanário  SOL: " Carlos Zorrinho: a bancada do PS não é um balneário fácil". Significará a frase que a ala maçónica do PS não é dominante no partido e já não tem mão nas massas? Ou que os nostálgicos do socratismo não dão tréguas a Seguro e aos seus lugares-tenentes? Seja o que for, significativo é, sem dúvida, o uso do termo balneário para designar o grupo de deputados que o notável alentejano  tem à sua responsabilidade e guarda. Então essa respeitável sociedade de representantes do povo é assimilável a um bando de rapazolas, na primeira e segunda  puberdades, rapazolas cuja sapiência e virtude é pontapear bolas encoiradas, quase todos vindos não se sabe de onde, endinheirados quanto baste, ricos mesmo e até mais que ricos, como escassamente ou nada instruídos, mas arrogantemente pavoneando músculos, jaguares e outros items denotando sucesso mercantil e daí a adoração das massas? As mesmas massas que alimentam esses luxos e detestam os verdadeiros e grandes criadores de riqueza...

Ora em matéria de linguagem nada ocorre por acaso. Lapsus menti de Zorrinho ?  Pelo que, uma tão desastrada analogia só poderá entender-se se pensarmos num confuso extravio subconsciente do chefe de fila socialista em São Bento. Líder e deputado que vislumbra na toalha branca enrolada à cinta de um atleta - o traje típico do balneário -, nada mais nada menos que o talar avental da livre-pedraria que vê, ou desajaria ver, bem atado à cintura dos seus mais próximos correligionários e colegas de assento.

Posté par maranus à 14:40 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]

Claro que a maçonaria é uma organização política. Ou melhor, politiqueira. Na mais pura acepção da palavra e votada a um frenesi congénito e inesgotável da maquinação. Conhecem a história da famigerada Ongoing? Os tráficos escabrosos entre a secreta portuguesa, ou melhor, socratista, e esta empresa? E quantas outras empresas e outros outlets mais?

E um pouco por toda esfera da função pública como será? Com destaque para a Alta Administração e o ensino ? Neste, sobretudo no superior, quantas Universidades estarão hoje libertas dos gulosos e tenazes tentáculos da companhia do avental? Se a liderança da bancada parlamentar, PSD, CDS e PS,está por inteiro nas mãos de uma triangular aliança de maçons, espanto dos espantos, decerto em outras instâncias e instituições menos expostas à opinião pública é de admitir que as lideranças e demais subalternos capatazes não serão lá muito distintas?

Onde paira então, por trás da hipócrita comédia, a necessária controvérsia e escurtínio que definem uma qualquer democracia que se preze?

Se em outras eras de ausência de liberdades públicas, ou escassez das mesmas, a laico-deísta companhia foi útil politicamente, esses tempos são outros ... e os homens igualmente outros. Ora a identificação do agrupamento ou seita - este termo parece-me mais que adequado -, com a esfera pública,  numa perspectiva de domínio de bastidores da governação em função dos seus  interesses, claramente burgueses e até plutocráticos, é facto consabido. E não foi Adelino Maltêz, um comentador que aparece uma vez ou outra numa das televisões a dissertar sobre política, sempre muito erudito e assertivo, sem falar do enviesamento de raciocínio que lhe é característico, não foi ele então que surgiu há uma semana ou duas, estoque em riste, ardor de prosélito, a defender a natureza política da maçonaria, diríamos hiperpolítica, quando maçons assumidos ou desarmariados contra a vontade se esforçavam nessa mesma ocasião a negar qualquer apetência por essa espúria actividade? Não senhor, a maçonaria é um cenáculo de almas obcecadas pela perfeição, diziam estes. Uma assembleia de espíritos nobres a talhar os ângulos mais ásperos da sua compleição ética. Enfim, uma irmandade em ascese moral.

Não sei se nessa intervenção viram e ouviram Maltez a evocar uma série de motins, revoltas e revoluções,  bem como uma série de augustas figuras republicanas cuja pegada é bem visível no nosso passado sócio-político recente, e ainda a enumerar uma série sem fim de marcas monumentais espalhadas pelo território da capital? Desde o tenebroso olho triangular profusamente distribuído pela estatuária republicana às elegantes colunas lisboetas do cais respectivo? Então em que ficamos? Com este historial, estes beneméritos, ocupam-se de tudo, de tudo, menos de políticas?

Posté par maranus à 14:23 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]
15 janvier 2012

O maior partido secreto

Pergunta José Vítor Malheiros, no jornal Público de 10 de Janeiro de 2012:

"Será a Maçonaria o maior partido português?" 

Em democracia, não é admissível que um político jure lealdade e obediência a uma organização secreta [...] A verdade é que a Maçonaria é um grupo (vários grupos) dedicado ao tráfico de influências. [...] O cartão do clube garante influência, a jura de segredo reforça laços, a obrigação de entreajuda justifica todos os tráficos. A Maçonaria transformou-se numa máquina para aceder ao poder e influenciá-lo. [...] as lojas da Maçonaria não conquistaram uma boa reputação. A reputação é aliás tão sulfurosa que é estranho que haja verdadeiros homens bons que ainda por lá andem [...] a Maçonaria é, como os próprios dizem, uma “obediência”. E é por ser uma obediência a certas ordens, por implicar uma lealdade a certas ideias e o apoio a certas pessoas, que não é admissível que um político eleito não reconheça publicamente a sua pertença ao grupo. A Maçonaria não pertence à vida privada. A Maçonaria é uma organização política, que visa actuar na esfera pública. Que exige lealdade, obediência, segredo, que possui um programa, que milita para atingir certos objectivos. [...] os cidadãos têm direito a conhecer as lealdades de todos os que elegem para cargos públicos. Não se admitem lealdades secretas numa democracia. Um deputado não pode ser secretamente membro de uma organização.[...] Será que temos estado a eleger deputados da Maçonaria sem o sabermos? Será a Maçonaria o maior partido português? [...]".

Posté par maranus à 08:44 - Commentaires [0] - Rétroliens [0]


Page suivante »
ic1.canalblog.com
Este painel digital dá continuidade a IC1.monblogue.com. iniciado em 22 06 2003 privilegiando temas de natureza política, cultural e ambiental.
  • Accueil du blog
  • Recommander ce blog
  • Créer un blog avec CanalBlog
« février 2012 
dimlunmarmerjeuvensam
   1 2 3 4
56 7 89 1011
12 13 1415 16 17 18
19 2021 22 23 24 25
26 27 28 29    
Archives
  • février 2012
  • janvier 2012
  • décembre 2011
  • Toutes les archives
spacer Flux RSS des messages
spacer Flux RSS des commentaires
 
gipoco.com is neither affiliated with the authors of this page nor responsible for its contents. This is a safe-cache copy of the original web site.