Curta & Mercado

UM BOM APROVEITAMENTO DOS FESTIVAIS

A plataforma dos festivais é, sem dúvida alguma, um dos eixos a ser trabalhado para a promoção e comercialização dos filmes de curta duração. A grande quantidade de eventos, no Brasil e no exterior, dedicados a selecionar, programar, exibir e premiar curtas, gera uma diversidade de possibilidades de difusão dos produtos audiovisuais. Quando bem aproveitados, os festivais podem se tornar janelas úteis para impulsionar a carreira comercial de um filme.

Primeiramente, é importante perceber que cada festival tem uma vocação definida pelos seus organizadores. O perfil de cada mostra varia de acordo com os gêneros, formatos, duração ou outros diferenciais que servem para criar uma identidade própria a cada iniciativa destas. Os realizadores precisam levar estas informações em consideração quando estão dedicados a selecionar os festivais onde os filmes serão inscritos.

Poder entrar em uma programação, ou seja, ser selecionado, é a primeira conquista que deve ser comemorada. Afinal, isso significa que o curta se destacou entre o vasto conjunto de filmes que participam das seleções. Com isso, o realizador pode dedicar-se a aproveitar bem este momento, otimizando os esforços na comunicação do projeto. Mobilizar a equipe em torno da seleção, enviar materiais informativos aos veículos de comunicação, expor esta agenda de exibição ao mercado profissional são algumas das ações que geram um resultado positivo.

Vale destacar que o pronto atendimento das necessidades apontadas pelas comissões de organização dos festivais é outra parte importante do trabalho. Isto porque quando o filme é selecionado, o evento necessitará de material adicional sobre a obra ou ainda confirmará as informações já fornecidas. Se isso for bem resolvido, os realizadores garantem que as informações que constarão nos catálogos e nos materiais de comunicação dos eventos estarão corretas e adequadas. Este conjunto de dados faz parte da bibliografia básica utilizada pelos curadores dos outros festivais, mostras, compradores de canais de televisão e assim por diante. Uma boa sinopse, uma foto com boa resolução, dados que facilitem o contato com a produtora são itens valorizados por estes profissionais.

A preocupação com a cópia de exibição, que deve estar nos padrões solicitados pelo evento e em boa qualidade – seja ela em película ou digital -, bem como com a entrega dessa master nos prazos e procedimentos de cada festival, é outro esforço que deve ser feito com dedicação, pois gera resultados positivos ao final.

(Aletéia Selonk)

AQUECENDO O LANÇAMENTO DE UM CURTA METRAGEM

Lançar um filme de curta duração é um trabalho que exige bastante atenção de seus realizadores.

Ao longo das fases de produção do projeto, é possível criar estratégias que estimulem a formação de uma demanda para o produto que está sendo realizado.

Primeiramente, é preciso ter em mãos as informações básicas do projeto que consistem em uma boa sinopse, a lista da equipe técnica principal, o elenco escalado, os currículos mais importantes e, se possível, uma nota de intenções do diretor. Essas informações devem ser usadas ao longo de todo o processo para nortear o contato da produtora ou realizador com a imprensa e com o público em geral.

Sabemos que, normalmente, as editorias de cultura de jornais impressos, revistas e sites especializados também abrem espaço para divulgar os projetos em andamento. Essa primeira exposição tem um impacto significativo em toda a carreira do filme, pois será o primeiro contato de um público mais amplo com a proposta do produto.

Após as filmagens, esse kit de comunicação deve incluir ainda fotos still e do making of, além de informar os próximos passos do projeto: quais são as datas previstas para a conclusão e lançamento do filme, quais são os profissionais que se somarão a equipe na fase de finalização.

Quando a conclusão do filme estiver próxima, os realizadores devem também preparar a identidade visual do projeto. Isso inclui, no mínimo, o lettering principal com o nome do curta metragem e o cartaz.

Com estes cuidados, o produto pode ser apresentado com um bom acabamento de produção que, além da sua cópia final, também terá um kit de imprensa e divulgação capaz de valorizar o filme diante do público em geral. No mercado, estes procedimentos demonstram ainda que os realizadores conceberam e desenvolveram um filme próprio, com diferenciais que o distinguem dos demais produtos e materiais que ajudarão no trabalho de comercialização.

(Aletéia Selonk)

PENSANDO A COMERCIALIZAÇÃO DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO CURTA

A produção de filmes de curta duração segue acelerada no Brasil. Desde o trabalho desenvolvido pelas universidades, até programas de produção de conteúdo audiovisual por pequenas comunidades e diversos estados brasileiros, passando pela produção independente e profissional, nosso país possui, sem dúvida alguma, um vasto catálogo de filmes curtos.

E com a liberação do pagamento dos recursos advindos do Edital de Curtas realizado pelo MINC em 2010, que ocorreu nas últimas semanas, uma nova safra bem diversificada vem aí.

Ao lado do processo da realização dos filmes – que inclui uma boa gestão dos recursos financeiros e humanos, bem como um correto andamento das fases de pré-produção, produção e pós-produção – os realizadores precisam dar a atenção devida aos planejamentos estratégicos do lançamento, da distribuição e da difusão do filme. E esse trabalho precisa ser feito ainda na fase de concepção do projeto para que os melhores resultados sejam alcançados.

(Aletéia Selonk)

CURTA NAS TELAS RECEBE INSCRIÇÕES

Estão abertas as inscrições para a 37 a. Edição do CURTA NAS TELAS. Podem participar do concurso filmes nacionais de curta-metragem que tenham cópia em boas condições na bitola 35mm ou com matriz encodada no sistema digital, com duração de até 15 minutos, sem considerar o tempo de duração dos créditos finais, que não tenham sido exibidos pelo disposto na Lei Federal n° 6.281, de 09/12/1975, e que tenham sido realizados após o ano de 1990, inscritos por pessoas físicas ou jurídicas.

As inscrições encerram-se em 29 de abril.

O regulamento e a ficha de inscrição podem ser obtidos pelo e-mail:
curtanastelas@smc.prefpoa.com.br.

O Projeto Curta nas Telas é fruto de Convênio entre a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Rio Grande do Sul e a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul e Brasileira de Documentaristas (APTC – ABD/RS). Seu objetivo é divulgar a produção nacional de curtas-metragens, por meio da exibição dos filmes selecionados no circuito de cinema de Porto Alegre. Mais de 230 curtas já foram exibidos. (Aletéia Selonk)

CURTA TAMBÉM É TEMA DO VII CONGRESSO DO FORCINE

No VII Congresso Forcine – Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual – que aconteceu na Faap – , em São Paulo, entre os dias 24 e 26 de março de 2011, vários temas relacionados ao curta-metragem estiveram presentes.

Primeiramente, uma Mostra de Curtas Universitários produzidos pelas escolas associadas ao Forcine, apresentou um panorama desta produção. Vale lembrar que grandes nomes da cinematografia nacional, tanto na realização do filme de curta duração quanto de outros produtos audiovisuais, são profissionais formados nas universidades de cinema e audiovisual.

Uma das mesas do Congresso focou-se no tema da distribuição e, novamente, percebemos o espaço existente para a comercialização de filmes curtos. A influência da tecnologia nas formas de acesso e consumo audiovisual colocam a exploração das potencialidades da web e das mídias móveis, especialmente o telefone celular, no foco das discussões. As universidades podem contribuir neste processo especialmente em ações de pesquisa que possam compreender o funcionamento destes meios e propor modelos negócios. Isto porque sabemos que, até o momento, a grande dificuldade tem sido a organização de planos de negócios capazes de monetizar o acesso a filmes através da internet.

A debate que focou-se no tema Audiovisual, Educação e Políticas Públicas, contou com uma excelente exposição da educadora e expositora Moira Toledo. Ao longo da sua exposição, ela ressaltou a importância das bases envolvidas com ensino popular do audiovisual para a formação de público para o cinema brasileiro e de cidadãos com ampla visão de mundo. (Aletéia Selonk).

EDITAL PARA CURTAS GAÚCHOS

A RBS TV continua com suas iniciativas de estímulo a produção e exibição de filmes de curta duração em sua grade de programação.

Até 22 de março continuam abertas as inscrições para o 11º Prêmio HISTÓRIAS CURTAS da RBS TV. O regulamento, ficha de inscrição e modelo de contrato poderão ser encontrados no site do concurso – www.historiascurtas.com.br. Oito projetos gaúchos entre ficção, animação e documentário serão premiados com o valor de R$ 40 mil cada, além da utilização de equipamento de gravação e edição para a realização dos programas.

Vale lembrar que este é o único concurso público sistemático que existe na televisão aberta brasileira há 10 anos com um envolvimento de artistas, roteiristas, diretores e técnicos do Rio Grande do Sul. HISTÓRIAS CURTAS é um projeto de dramaturgia audiovisual que financia com 40 mil reais cada um dos oito selecionados, além da possibilidade de utilização de equipamento de captação e finalização.

Com mais de 500 projetos inscritos, durante os 10 anos, 80 curtas foram produzidos e apresentados na RBS TV, TVCOM e Canal Brasil, além da participação e premiação em inúmeros seminários, mostras e festivais nacionais e internacionais. Nos 10 anos do HISTÓRIAS CURTAS, pelo menos, cinco mil profissionais do mercado gaúcho participaram do projeto, desde atores, roteiristas, até técnicos, motoristas, figurantes e diretores.

(Aletéia Selonk)

CURTA NA FAIXA

O programa Faixa Curtas, no SescTV, continua mantendo a exibição semanal de três curtas-metragens. Os filmes são agrupadas por temáticas, mas representam diferentes abordagens. A curadoria é feita pelo produtor Luis Carlos Soares.

Vale lembrar que o SescTV é uma iniciativa do SESC São Paulo, com sua programação retransmitida para todo o Brasil em sinal aberto por emissoras educativas e independentes ou operadoras de TV por assinatura.

Confira a programação através do site www.sesctv.org.br

(Aletéia Selonk)

PROMOVENDO O PRODUTO BRASILEIRO NO EXTERIOR

Produtores, organizadores de festivais e distribuidora brasileira participam de Clermont-Ferrand

O estande da Kinoforum no maior festival internacional dedicado ao curta-metragem trouxe bons resultados para a promoção dos filmes brasileiros no mercado internacional.

Com a participação de três festivais – o Festival Internacional de Curtas de São Paulo, o Curta Cinema / Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro e o CINEFoot– e de uma distribuidora – a Elo Company – o estande também acolheu os representantes dos nove filmes brasileiros apresentados na programação do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand.

Compradores internacionais e programadores de festivais de todo o mundo passaram pelo espaço em busca de informações sobre a produção brasileira. Zita Carvalhosa, diretora da Kinoforum e do Festival Internacional de Curtas de São Paulo acompanhou todo o evento e comemora: “A montagem do stand ‘Brazilian Shorts’ foi muito celebrada, pois a representação do curta brasileiro na programação do evento foi significativa. Sempre nos perguntavam por que não tínhamos um ponto de convergência para apoiar essa rica produção”.

Denise Jancar, gerente executiva da Elo Company, concretizou suas reuniões de negócios por lá com compradores de vários territórios – Argentina, Canadá, Chile, Espanha, França, Itália, Japão, Portugal, Romênia, Rússia e Estados Unidos . “Me senti honrada em ser a única distribuidora brasileira participando deste importante mercado de filmes”, declara Denise.

O encontro com potenciais compradores e o incentivo a produção de mostras brasileiras em festivais internacionais são os primeiros resultados que merecem ser destacados. A longo prazo, podemos esperar ainda mais desta exposição dos produtos e eventos brasileiros relacionados ao curta-metragem.

Seminários e palestras faziam parte da programação deste importante festival. A participação dos realizadores brasileiros também gerará resultados positivos na medida em que contribuem para o aprimoramento dos profissionais.

Vida longa ao estande Brasileiro em Clermont-Ferrand! E que este seja apenas o início de um novo momento voltado a promoção do produto brasileiro de curta-metragem no exterior. Iniciativas como esta merecem cada vez mais atenção de todos os agentes do próprio mercado nacional.
(Aletéia Selonk)

DISTRIBUIDORA BRASILEIRA NO MERCADO DE CLERMONT

A distribuidora brasileira Elo Company participa, pela primeira vez, do Mercado de Filmes Curtos do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand, junto ao estande da Kinoforum.

Representada por sua gerente de vendas, Denise Jancar, a empresa leva em seu catálogo mais de 200 filmes brasileiros de curta duração. Com esta iniciativa, a Elo pretende fortalecer a participação brasileira no evento internacional.

“Em um espaço como este”, explica Denise, “levamos um material específico para apresentar os títulos que dispomos para a comercialização. Como são muitos filmes, eles são divididos por nichos a fim de facilitar a apreciação dos compradores”.

A presença no mercado é uma ação que facilita a condução das negociações no âmbito internacional. Isto porque o espaço para negócios reúne profissionais de todo o mundo, entre distribuidores de cinema, compradores de emissoras de televisão e programadores de festivais.

Denise acredita no potencial dos filmes brasileiros e destaca que existe uma grande demanda no mercado internacional. “Os curtas brasileiros são de excelente qualidade, com bons roteiros e, normalmente, se destacam nas competições”, completa.

Denise já saiu do Brasil com reuniões de negócios agendadas com profissionais da Rússia, Itália, Espanha, Japão e França. E muitas outras ainda estão por se confirmar.

O Mercado de Filmes Curtos oportuniza iniciativas empresariais como essa. A produção nacional organizada em segmentos alinhados com as expectativas do mercado tem mais chances comerciais. Além disso, ao reunir diversos títulos em um catálogo variado, uma distribuidora tem condições de atender diferentes compradores e assim, conhecer as dinâmicas de cada território, de cada emissora.

Desejamos que muitos negócios se concretizem para a produção nacional de filmes de curta duração.

(Aletéia Selonk)

CLERMONT-FERRAND EM AÇÃO

Começa, nesta sexta-feira, dia 4 de fevereiro, o Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand. Esta é a 33ª. edição do maior festival dedicado ao filme de curta duração. Até o dia 12 de fevereiro, o evento apresenta as mais recentes produções em mostras competitivas internacionais e francesas.

Paralelamente, acontece o Mercado de Filmes Curtos, um espaço de negócios que reúne representantes de todos os setores mundiais envolvidos com o filme de curta-metragem. O Mercado conta com um espaço para expositores, uma videoteca que apresenta os filmes inscritos em terminais de vídeo para acesso de compradores, além de encontros profissionais em formato de mesas-redondas, fóruns e ateliês.

O Brasil está representado por lá. Através de uma ação capitaneada pela Kinoforum, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores, um estande reúne as produções e informações sobre o mercado audiovisual brasileiro.

Além disso, seis filmes estão em competição. “Cachoeira” de Sérgio Andrade (Amazonas), “Ninjas” de Dennison Ramalho (São Paulo), “Los Minutos, las horas” de Janaína Marques (RJ), “Caos” de Fábio Baldo (SP), “Evaporar” de Janaína Zen e “Naiá e a Lua” de Leandro Tadashi (SP).

(Aletéia Selonk)